quinta-feira, 19 de abril de 2012

Goodbye for now

         Te espero no sol por horas a fio. Tentei localizar a minha razão mas pelo que percebi ela já foi embora a muito tempo. Minhas costas teimam em arder e eu finjo que mereço essa surra dada por mim, em mim. Gritando no teu portão que nem uma louca esperando ardentemente que você me ouça, mas os teus ouvidos não são mais meus... E nem o teu rosto...
           Sabe naquela vez que a gente tem muita coisa pra falar e acaba engasgando e perdendo a vez? Me sinto assim agora que você está na minha frente. É impressionante como no fim a gente sempre se lembra de como tudo começou. E percebemos o quanto fomos fáceis na maior parte do tempo.
           Você tira o meu ar. E quando percebe que eu já estou azul e sufocando, me devolve ele num sorriso.
           Queria as tuas mãos agora nas minhas, e o meu rosto no teu peito. Queria transbordar a minha felicidade quando te tenho ao meu lado, mas tenho medo de que você me ache idiota demais e me ignore. Meu medo não é não te ter nunca mais, meu medo é não sentir cada arrepio ao teu lado, perder ao menos um segundo com outra coisa que não seja você. Porque quando você vai embora dói tanto. Um dia eu vou sugar os teus medos e tuas dores para mim para que você nunca vá embora. Mas se for, me espere do outro lado que estou bem aqui atrás de você.

Mas não olhe para trás.

          

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