quinta-feira, 19 de abril de 2012

Goodbye for now

         Te espero no sol por horas a fio. Tentei localizar a minha razão mas pelo que percebi ela já foi embora a muito tempo. Minhas costas teimam em arder e eu finjo que mereço essa surra dada por mim, em mim. Gritando no teu portão que nem uma louca esperando ardentemente que você me ouça, mas os teus ouvidos não são mais meus... E nem o teu rosto...
           Sabe naquela vez que a gente tem muita coisa pra falar e acaba engasgando e perdendo a vez? Me sinto assim agora que você está na minha frente. É impressionante como no fim a gente sempre se lembra de como tudo começou. E percebemos o quanto fomos fáceis na maior parte do tempo.
           Você tira o meu ar. E quando percebe que eu já estou azul e sufocando, me devolve ele num sorriso.
           Queria as tuas mãos agora nas minhas, e o meu rosto no teu peito. Queria transbordar a minha felicidade quando te tenho ao meu lado, mas tenho medo de que você me ache idiota demais e me ignore. Meu medo não é não te ter nunca mais, meu medo é não sentir cada arrepio ao teu lado, perder ao menos um segundo com outra coisa que não seja você. Porque quando você vai embora dói tanto. Um dia eu vou sugar os teus medos e tuas dores para mim para que você nunca vá embora. Mas se for, me espere do outro lado que estou bem aqui atrás de você.

Mas não olhe para trás.

          

domingo, 15 de abril de 2012

E só.

Já faz mais de três anos que não escrevo nada que valha a pena ser lido. Até por mim. Volto hoje aos meus dedos porque senti estranhamente forte a minha presença de anos atrás, quando eu era vazia. Talvez a falta dela me tenha trazido a esse ponto, ou eu simplesmente desisti de tê-la comigo... Apenas sinto como se no meu caminho faltasse um pedaço. Não um pedacinho daqueles que a gente esquece, mas um pedaço de fé visível a todos que encontram comigo... Ausência dela? Não sei, talvez. Talvez seja o meu medo que eu aprendi a guardar para mim, a minha inconstância derrotista, ou o meu inferno particular que mora do outro lado da ponte. Meu ego oprimido me liga quase todas as tardes para um passeio. Eu morro todas as vezes que o telefone toca, todas as vezes que me lembro da praia com ela, me lembro de como é difícil amar alguém... Eu que fui embora. Eu que fui embora. Eu que fui embora. Preciso de uma boa dose de pessimismo na minha vida, meu amor. Porque já são 00:42h e meu celular não tocou ainda. Talvez eu a procure nas ruas todos os dias e nem perceba, e ela está tocando a vida...Por que não? Somos todos um bando de tolos buscando algo que nunca vamos encontrar. Na verdade eu já encontrei mas devo ter perdido no meio do caminho... Nunca vou esquecê-la. E só.